Babel

As palavras são uma fonte de mal-entendidos, já dizia o Príncipe de Exupéry. Façamos delas, então, os alicerces da Babel. Talvez cheguemos ao milagre das línguas, ao pentecostes. Words, words, words.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Bodas

Contraluz, por Avatamar



Ontem, meu cunhado casou. O casamento foi em uma cidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Tentou-se transmitir a cerimônia pelo Skype, mas não se obteve sucesso. Nem sempre podemos nos fiar na tecnologia. Ficamos aqui, em Fortaleza, desejando felicidades para os noivos. Hoje, que coincidência, faço dois anos de casado. Comemoro bodas de algodão. Em meio a dois casamentos, pensei em fazer uma postagem sobre meu aniversario de matrimônio.

Queria, nesta postagem, discorrer sobre esses dois anos de casamento, fazer referências ao algodão e à simbologia das bodas. No entanto, a propósito do algodão, só me vem o slogan da Malwee – gostosa como um abraço. Se fosse bodas de papel – um ano de casamento – seria mais fácil, pois papel lembra escritura, leitura, livros, histórias. Se contar com os anos de namoro e noivado, eu e minha mulher completamos bodas de cristal. Mas cristal é frágil. Assim, a simbologia fica talvez comprometida.

Tentei escrever um texto bem emotivo; romântico até. Mas, nestes últimos dias, tenho andado aborrecido, com problemas que me deixam bem chato. Portanto, nada de romantismo agora. Amar e viver a dois – ou a três, quatro, cinco... (estou falando de filhos) – não pode se resumir em histórias emotivas. Pelo contrário, amar exige ação, como expus em uma postagem do dia 27 passado. Não vou me repetir, então. Nesses últimos dias, minha esposa tem sido o que ela sempre foi nesses anos de relacionamento: uma verdadeira companheira. Ela se irrita às vezes, explode às vezes, mas sempre me mostra o melhor que sou, mesmo quando eu não percebo.

Dizem que Jesus transformou água em vinho em uma festa de casamento para que os noivos não passassem vergonha. Talvez ele tenha feito isso porque sua mãe pediu, ou porque queria que percebêssemos a importância do amor, ou porque fosse amigo dos noivos e desejava agradá-los (que baita presente esse, não?), ou por todos esses motivos. Nessa história, o que me chama a atenção é que casamento deve ser sempre uma festa, não que não falte o vinho, mas que nunca falte a alegria e – óbvio – o amor.

Elizangela, obrigado por tantos anos de amizade, alegria e amor. Que seu irmão possa encontrar isso também na mulher com quem ele se casou ontem.

4 comentários:

  1. fico feliz por voçês e por ter feito( e porque não dizer- fazer) parte dessa história tão abençoada. BJKS!!!! Amo vçs.............

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