Babel

As palavras são uma fonte de mal-entendidos, já dizia o Príncipe de Exupéry. Façamos delas, então, os alicerces da Babel. Talvez cheguemos ao milagre das línguas, ao pentecostes. Words, words, words.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Miniconto: A ESFINGE E ÉDIPO, ou a obra de arte e seu intérprete.



Um outro-mesmo Édipo, ao ir a Tebas de sete portas − ou seria sete vezes sete?  − encontrou uma outra-mesma Esfinge, que lhe impos um claro-enigma à la Drummond: um poema.
Decifra, ou te devoro.
O cego-visionário recitou novamente os versos. Não o decifrou, desvelou-o.
Os dois estão a devorar-se pelos séculos.

“O intérprete está diante do efeito verbal e estilizado de um processo que é sinuoso e, não raro, obscuro para o próprio criador.”
Alfredo Bosi

Postagem dedicada a A. Bosi, pelo seu ensaio  “A  interpretação da obra literária”.

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