Um outro-mesmo Édipo, ao ir a Tebas de sete portas − ou seria
sete vezes sete? − encontrou uma
outra-mesma Esfinge, que lhe impos um claro-enigma à la Drummond: um poema.
Decifra, ou te devoro.
O cego-visionário recitou novamente os versos. Não o decifrou,
desvelou-o.
Os dois estão a devorar-se pelos séculos.
“O intérprete está
diante do efeito verbal e estilizado de um processo que é sinuoso e, não raro,
obscuro para o próprio criador.”
Alfredo Bosi
Postagem dedicada a A. Bosi, pelo seu ensaio “A
interpretação da obra literária”.
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